domingo, J maio, 2023
  • Quem Somos
  • Contatos
  • Webmail
Gazeta Minas
  • Home
  • Brasil
  • Caleidoscópio
  • Mundo
  • Polícia
  • Política
  • Religião
  • Saúde
  • Gastronomia
  • Visão Geral
No Result
View All Result
  • Home
  • Brasil
  • Caleidoscópio
  • Mundo
  • Polícia
  • Política
  • Religião
  • Saúde
  • Gastronomia
  • Visão Geral
No Result
View All Result
Gazeta Minas
No Result
View All Result

Vítimas de violência devem buscar na psicologia resgate da autoestima

José Ribamar por José Ribamar
18 de maio de 2019
in Brasil
0
Vítimas de violência devem buscar na psicologia resgate da autoestima
CompartilharTwittarCompartilhar

Após romper o ciclo de violência, que, em muitos casos, se instala no próprio lar, as mulheres devem iniciar um processo de resgate da autoestima, de acordo com psicólogos. Há o consenso de que buscar uma melhora por meio da ajuda de profissionais da área é o mais recomendável. São eles que conseguem auxiliar as vítimas em busca da dar nomes às emoções. A partir daí, de acordo com os especialistas, é possível trabalhar a autoestima que, normalmente, é prejudicada depois de episódios de violência.

Conforme explica Laura Frade, professora do curso de psicologia do Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), o resultado da violência doméstica, na mente da vítima, pode se assemelhar ao que é gerado em campos de guerra. Por essa razão, a instrução é que o terapeuta identifique em que grau desse quadro a paciente se encontra.

“A pessoa que passa pelo processo de violência doméstica, quanto mais prolongado ele é, mais tem respostas ao que seria um estresse pós-traumático. Retirar alguém dessa situação significa que ela precisa conhecer o que é a resposta que ela apresenta. [O psicólogo] precisa ter conhecimento do grau de profundidade, saber se foi estresse agudo, crônico, e ela [vítima] vai precisar ser retirada desse contexto, criar uma rede de apoio, coisa que é cortada, pois ela se sente sozinha, abandonada, já que essa é uma das estratégias do agressor, e construir memórias que podem ser agradáveis”, diz Laura, também formada em direito e doutora em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB).

Reconhecido pela Classificação Internacional de Doenças, o estresse pós-traumático pode se manifestar por meio de medo ou terror ativado após o evento que causou o choque. A pessoa que desenvolve o transtorno tem, por exemplo, lembranças vívidas do acontecido ou, então, se torna hipervigilante, como se o fato fosse se repetir.

A acadêmica lembra que a vítima de violência passa por mudança nas composições bioquímicas do corpo. De acordo com ela, é a prova de que o ciclo de violência desorganiza intensamente a vítima. “Há a ampliação do gânglio basal, que são duas estruturas localizadas na região da nuca, responsáveis pela nossa sobrevivência e que ficam muito ativas durante o período de sofrimento”, explica Laura.

Além disso, ela destaca que, depois de ser exposta à dor, é importante que a pessoa crie novas memórias. Laura afirma que, antes de se abrir para novos relacionamentos românticos, a vítima deve priorizar a compreensão sobre sua história. Isso significa, por exemplo, a tentativa de identificar um padrão na própria vida afetiva ou na vida de mulheres próximas de associação entre amor e sofrimento.

“A primeira coisa que se precisa ponderar quando se pensa em novas relações é se está presente a transgeracionalidade. É um ato muito comum que compõe a violência domestica e consiste em perceber se, no histórico, elas [as vítimas] têm outras mulheres na família que também tiveram relações violentas. Normalmente, têm. Diria que é quase um aprendizado doméstico, e esse aprendizado precisa ser superado. É a primeira coisa a ser reconhecida. Se ele existir, precisa ser trabalhado com o terapeuta, porque, senão, o que ela [a vítima] vai fazer é simplesmente trocar o agressor”, sublinha Laura.

Escrita é redenção

Transmitir ao filho o ensinamento de que toda mulher deve ser tratada com respeito passou a ser uma das principais missões da empresária Susete Pasa, de 47 anos. Ela é autora do livro Abusada, que reúne recordações de sua vida, marcada por um relacionamento abusivo. Como muitas vítimas, ela vivia com o agressor. A escritora só conseguiu reunir forças para romper o relacionamento, carregado de violência, após 24 anos de casamento.

Susete fugiu de casa, no município Estância Velha (RS), há três anos. Na ocasião, deixou uma carta ao ex-companheiro que tinha viajado a negócios na companhia de outra mulher. Assim, ela retornou a Arroio do Tigre (RS), sua cidade natal para morar com a mãe. No momento, ela estuda acionar a Justiça para que o marido seja retirado da residência do antigo casal.

A empresária afirma que, embora soubesse de casos de traição do ex-companheiro, acreditou, por muito tempo, que não se sustentaria sozinha. Ela achava que devia continuar com o relacionamento para que os negócios do casal não tivessem prejuízo. Entre as agressões relatadas, ela conta que o ex-marido chamava-a de burra na frente de clientes do casal.

“Só fui descobrir que fui vítima de abuso no ano passado. Aqui no interior é a coisa mais normal trair e tratar mal”, desabafa, acrescentando que o pai sempre foi ríspido com a mãe e visto como o “chefe da casa”.

Ao longo do casamento, de acordo com Susete, ele teve depressão por se sentir desprezada e manipulada pelo ex-marido. “Logo no início, percebi que era muito ciumento, mas na época achava até legal, me sentia valorizada pelos ciúmes dele, não imaginei que fosse traço de abusador. Com 22 anos, tive meu filho, o Guilherme. Depois disso, ele [ex-marido] começou a ter atitudes bem grosseiras quanto ao meu corpo, começou a me maltratar e isso foi se intensificando, e fui ficando cada vez mais fechada, triste, meu comportamento foi mudando”, conta.

Para ela, sair com os amigos e voltar a socializar tem sido uma tarefa difícil. “O problema é que foi muito tempo [de relacionamento]. Então, nunca estive na noite sozinha, sem uma pessoa, um amparo. Ele era um amuleto na noite também, eu o via como figura protetora. Mesmo me fazendo mal, eu o enxergava como uma figura de proteção. Levei muito tempo para começar a sair, e não digo nem pra conhecer outros homens, mas com as minhas amigas. Levei mais de um ano para jantar fora.”

Susete diz que, ao reunir as histórias para o livro, encontrou força e, atualmente, não há mais vergonha em deixar que outras pessoas saibam que ela foi vítima de violência. “O que mais me fez bem em escrever esse livro, além de me curar das culpas que senti quanto ao meu relacionamento, foi não ter mais vergonha nenhuma de dizer que sou uma vítima. No passado, sim, eu tinha. Hoje, não tenho mais. Às vezes, as vítimas podem imaginar que só se matar é que é a saída, mas é possível, sim, sair [do ciclo de violência]. Há momentos em que a gente se vê sem saída, só pensa em se matar, que ou fica com a pessoa, ou morre, sente um desespero de não conseguir, e isso não é vergonha. Não é gente que tem que se envergonhar, e sim eles [os agressores] que devem ter vergonha por deixar a gente nesse estado”, afirma.

De acordo com a Secretaria de Segurança do Rio Grande do Sul, somente em fevereiro deste ano – dado mais atualizado apresentado pela pasta – foram registrados 2.953 casos de ameaça contra mulheres, 1.777 ocorrências de lesão corporal, 102 estupros e 23 tentativas de feminicídio. Naquele mês, um feminicídio se consumou.

Divulgação da Noticia – Site AgenciaBrasil.EBC.combr – Edição: Narjara Carvalho – Por Letycia Bond – Repórter da Agência Brasil  Brasília – Foto Reprodução da Internet Marcos Santos/USP

Deixe um comentário Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

RECENTES

Enem oferece atendimento especializado a mais de 35 mil candidatos

Enem: estudantes podem pedir isenção de taxa a partir desta segunda

Lula confirma Aloizio Mercadante como presidente BNDES

Chanceler russo diz que há interesse em acabar rapidamente com guerra

Supremo aprova revisão de toda vida de aposentadorias

STF começa a julgar se aceita denúncias por atos antidemocráticos

Produção de petróleo ultrapassa 4 milhões de barris por dia, diz ANP

Petrobras reduz preço do gás natural em 8,1%

Internet Word Multimidia LTDA

Agência de Notícias

CNPJ: 34.732.598/0001-26
Av. Sete Lagoas 226 – Santa Rita
CEP 35040-490
Governador Valadares – MG

Contatos

Telefone: 33 99818-0018
E-mail: gazetaminasnews@gmail.com
MTE: MG-17927

gazetaminas.com
Site de Notícias

 

  • Quem Somos
  • Contatos
  • Webmail

© 2021 - Desenvolvido por Webmundo Soluções Interativas

No Result
View All Result
  • Home
  • Brasil
  • Caleidoscópio
  • Mundo
  • Polícia
  • Política
  • Religião
  • Saúde
  • Gastronomia
  • Visão Geral

© 2021 - Desenvolvido por Webmundo Soluções Interativas