Alunos dos cursos de Medicina e Educação Física participaram da roda de conversa com os índios e com antropólogo
Ontem nesta quinta-feira (9) foi dia de cinema e debate na Semana de Valorização da Cultura Indígena. Logo pela manhã os índios pataxós se reuniram com os estudantes do curso de Medicina da UFJF para assistir ao documentário Ehcimakî Kirwañhe e para discutir a saúde indígena. A tarde foi a vez dos alunos do curso de Educação Física da mesma universidade assistirem ao curta Waapa e debaterem as brincadeiras tradicionais e os esportes. Ambas as apresentações contaram com a presença do doutorando em Antropologia Social Messias Basques.
Entre as questões levantadas está a desmistificação da imagem do índio. “É bom este tipo de encontro para tirar um pouco do preconceito com as questões indígenas. As pessoas têm ideia de que índio é apenas aquele que mora em florestas e usa tangas.”, lamentou o índio Sinaré Ressurreição Braz. Sinaré tem conhecimento de causa cursou a faculdade de Agronomia da UFMG por meio da política de cotas para indígena e sentiu na pele o preconceito. Hoje ele dá aula para os alunos do quinto ano em sua comunidade.
Enquanto o cacique Bayara e alguns índios participavam das rodas de discussões, outros visitavam escolas na cidade e alguns vendiam artesanato no Centro Cultural Nelson Mandela. Dentre os itens vendidos estão: colares, anéis, apitos para chamar pássaros, arco e flecha, adereços para os cabelos e utensílios de cozinha. A estudante Helen Rodrigues da Silva, de 11 anos, veio com outros 15 alunos da rede municipal atendidos pelo Centro de Referência e Apoio a Educação Inclusiva Zilda Arns (CRAEDI) e ficou em dúvida sobre o que comprar. “É tudo tão bonito e legal que fica até difícil escolher”, comentou.
Os 16 alunos que vieram conferir os artesanatos fazem parte do Programa de Desenvolvimento da Capacidade do Talento do CRAEDI. “Hoje estamos com alunos das escolas municipais Adélia Ribas, Chico Mendes e Padre Eulálio. Geralmente realizamos oficina, mas quando tem programação diferente gostamos de trazê-los. Sempre vale à pena porque acho enriquecedor para aprendizagem dos alunos conhecer a cultura indígena.”, enfatizou a professora Silvia Mara Barbosa.
Quem for à feira da Praça dos Pioneiros esta noite poderá conferir de perto o artesanato dos índios pataxós, que também revendem artigos de outras tribos como a Pankararu, Xucuru e Kariri.
Divulgação da Noticia – Secretaria de Comunicação e Mobilização Social GV – Foto Reprodução da Imagem da Internet