Visando desarticular os grandes esquemas envolvendo o comércio atacadista de drogas na capital, a Polícia Civil de Minas Gerais identificou e prendeu Margarete Nonata de Oliveira (conhecida como Tia), de 40 anos. Ela é suspeita de ser a responsável por operacionalizar as movimentações financeiras da facção criminosa liderada pelo marido, Luiz Cosme Barbosa (o Barriga), um dos mais conhecidos traficantes de Minas Gerais.
Margarete foi presa nessa quinta-feira (23), no bairro Bandeirantes, região da Pampulha, em uma casa de alto padrão, onde morava com os três filhos. No curso da ação policial foram apreendidas anotações manuscritas (com nomes, valores e movimentação de grandes quantidades de entorpecentes), duas balanças, um carregador com munição calibre 380, notebook, celulares, além de um veículo.
Conforme explicou o Delegado que coordena as investigações Daniel Reis, a suspeita estava foragida há quase cinco anos e fazia uso de documento falso para dificultar a identificação pela polícia. Além do cumprimento de dois mandados de prisão expedidos pela Justiça por associação para o tráfico de drogas (um de 2014, outro de 2016), Margarete ainda foi flagrada pelos crimes de uso de documento falso, posse ilegal de arma de fogo (em razão da munição apreendida) e mais uma vez pela associação para o tráfico.
Segundo levantamentos, Margarete já tinha registros por associação e tráfico de drogas nos anos 2008, 2011 e 2014.
Tráfico em grande escala
Luiz Cosme, que está preso desde 2016 no Sistema Prisional, é conhecido como um dos maiores traficantes de drogas da região Norte da capital, bem como um dos mais expressivos traficantes de Minas Gerais. Em 2009, ele chegou a ser preso com três toneladas de maconha em um sítio, chegando a movimentar, de acordo com as investigações, cinco toneladas da droga por mês na capital.
O Chefe do Departamento Estadual de Combate ao Narcotráfico (Denarc), Júlio Wilke, destacou que a ação policial realizada esta semana faz parte do planejamento iniciado este ano, que tem por objetivo desarticular as grandes organizações criminosas que atuam no comércio atacadista de entorpecentes na capital. A partir dessas investigações, a polícia levantou a suspeita de que Luiz Cosme não teria interrompido a atividade criminosa pela qual foi preso.
As investigações prosseguem a fim de identificar a participação efetiva de Margarete na organização criminosa, assim como outros crimes associados à facção.
Divulgação da Noticia – Fonte ASCOM-PCMG – Foto Divulgação/PCMG