Segundo Leonam dos Santos Guimarães, ‘é mais um capítulo de um período difícil’ da subsidiária da Eletrobras desde 2015
Leia na íntegra:
“Mensagem do presidente
Caro colaborador,
A energia nuclear voltou à pauta da imprensa desde o início deste ano devido às medidas que foram tomadas, a partir do segundo semestre de 2018, visando à retomada das obras de Angra 3. As principais foram a revisão do preço de referência da energia a ser vendida pela usina e a aprovação da retomada do empreendimento pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). Agora, está nas mãos do Conselho do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) determinar o modelo para a escolha do parceiro internacional que participará da conclusão da unidade. Essa definição deve acontecer até junho, o que abriria caminho para lançar o edital da seleção ainda este ano.
Desde que assumiu a pasta de Minas e Energia, o ministro Bento Albuquerque tem deixado claro que a energia nuclear terá um papel importante no futuro da matriz elétrica do país e dado prioridade à conclusão de Angra 3. Por conta de todas essas questões, aqueles que são contra a geração nucleoelétrica – seja por legítima convicção pessoal, desinformação, interesses setoriais, oportunismo ou preconceito – têm atuado na tentativa de impedir o avanço do empreendimento. Para tanto, contam com a simpatia de setores da mídia, que têm conferido destaque a este discurso.
Nos últimos meses, a Eletronuclear tem reagido a esse movimento respondendo aos questionamentos feitos pela imprensa e buscando sempre fazer um contraponto a essa visão contrária à companhia e ao setor. Exemplos recentes são artigos publicados na Folha de S. Paulo e no Canal Energia (parte 1 e parte 2), carta em resposta à coluna Informe do Dia, carta à Folha e entrevista dada ao Globo na última sexta-feira (22), em evento na Firjan. Além disso, a empresa vem subsidiando o Ministério de Minas e Energia (MME) em seus posicionamentos à imprensa, como em resposta à coluna de Miriam Leitão, no Globo. Paralelamente, a Eletronuclear teve que reagir a questionamentos na mídia envolvendo as mudanças na gestão do Hospital de Praia Brava e o incidente envolvendo o transporte de combustível à central nuclear.
As associações do setor também estão atuando para fazer frente a essa investida contra a energia nuclear, como demonstram artigos publicados pela Associação Brasileira de Energia Nuclear (Aben) no Globo e no site da revista Carta Capital. A conclusão de Angra 3 recebeu apoio ainda da Firjan e da FGV-Energia (ver o editorial).
É importante frisar que, mesmo a Eletronuclear enviando respostas, nem sempre os veículos de imprensa abrem espaço para publicá-las. No entanto, a empresa tem como política divulgá-las em seu site de forma a tornar pública sua posição e defender a importância da energia nuclear para a sociedade. Podemos citar como exemplo esclarecimento sobre artigo de Ascânio Seleme, publicado no Globo; resposta a matéria da Folha de São Paulo relativa a Angra 3; posicionamento sobre comentários de Marco Antônio Villa na rádio Jovem Pan; e carta refutando notas publicadas pelo jornal O Dia.
Também é preciso esclarecer que, desde o envolvimento da Eletronuclear nas investigações da Operação Lava-Jato, por decisão da Eletrobras, apenas a holding se pronuncia sobre questões relativas à corrupção. Devido ao fato de a companhia ter ações em bolsa, qualquer assunto relacionado às empresas Eletrobras que possa impactar o mercado só pode ser comunicado por meio de Fato Relevante.
Esse foi o caso envolvendo a prisão do ex-presidente Michel Temer na última quinta-feira (21). Todas as demandas de imprensa sobre o assunto recebidas pela Coordenação de Comunicação Institucional (CI.P) foram encaminhadas à Eletrobras, que emitiu um comunicado ao mercado abordando o ocorrido. A Eletronuclear publicou o texto em seu site e na NucWeb.
Nos últimos dias, a empresa vem realizando, em coordenação com a holding, ações junto à mídia para rebater as críticas voltadas à segurança e viabilidade de Angra 3.
Esse é mais um capítulo de um período difícil pelo qual a Eletronuclear vem passando desde 2015. No entanto, estamos próximos de, finalmente, alcançar uma solução para viabilizar a retomada das obras de Angra 3. Mais do que nunca, precisamos do apoio de todos os nossos colaboradores para defender a importância desse empreendimento para o desenvolvimento do país”.
Divulgação Publica – Foto Complexo Angra 3