O aumento no número de casos da doença nos primeiros quatro meses deste ano é de 568% em relação ao mesmo período de 2015
A Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo registrou de janeiro a abril deste ano 274 casos de caxumba na capital paulista. Nos primeiros quatro meses do ano passado foram 41 casos. O aumento é de 568%.
O número de casos de caxumba registrados em todo o ano de 2015 em São Paulo foi de 275, incluindo duas mortes. Neste ano, há até agora 39 ocorrências de surtos, o que é feito quando há mais de dois casos relacionados no mesmo lugar. Deste total, 15 ocorreram em instituições escolares.
A secretaria informou, em nota, que não há causas bem definidas para explicar o aumento significativo dos casos de caxumba em São Paulo, o que também teria sido observado em outros países.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Paulo Olzon, professor de infectologia da Unifesp, disse que o vírus se transmite por vias respiratórias como na gripe. “As pessoas devem se proteger de espirros e cuidar do contato manual”, ressaltou.
Entre os sintomas da doença estão inchaço de glândulas salivares, dor de cabeça e dor no corpo, febre e inflamação nos testículos ou ovários”. Ainda de acordo com o professor, “é mito que cause infertilidade”.
A caxumba não é considerada uma doença grave. Há vacinas disponíveis na rede pública para crianças e adultos. Quando é diagnosticado com a doença, o paciente deve se afastar das atividades por uma semana.
Há também registros de surtos de caxumba no sul do país, como no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina.