O Ministério Público Federal (MPF) investiga a abertura de offshores (empresas no exterior) e a compra de apartamentos em Guarujá (SP) para lavar dinheiro do esquema de corrupção na Petrobras.
Todos os imóveis do condomínio Solaris, na praia das Astúrias, estão sendo apurados. Familiares de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, podem ter sido beneficiados pela construtora OAS na compra de apartamentos. A cúpula da empreiteira já foi condenada na Lava Jato.
“Em relação ao conjunto Solaris, nós estamos investigando todas as operações desses apartamentos. Nós temos indicativos em relação a familiares do Vaccari e também de uma offshore aberta pela Mossack Fonseca”, disse o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, nesta quarta-feira (27), ao detalhar a 22ª fase da Operação Lava Jato.
A Polícia Federal apura se a empresa Mossack Fonseca abriu offshores para esconder a propriedade de apartamentos que eram da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e que, em 2009, foram assumidos pela OAS.
Vaccari, que já presidiu a Bancoop, foi preso pela Lava Jato em 2015 e está detido na Região Metropolitana de Curitiba. O G1 tentou contato telefônico com o advogado Luiz Flávio Borges D’Urso, que representa o ex-tesoureiro, porém, a ligação foi direcionada para a caixa postal.
O advogado da OAS, Edward Carvalho, disse que a busca e apreensão na empresa “foi desnecessária” e que as informações poderiam ter sido pedidas antes pela PF.