Colonização ideológica
Nestes anos de trabalho, escreve o Papa, o Fórum procurou meios para reforçar a vontade política e a mútua colaboração para vencer o isolacionismo, o individualismo e a colonização ideológica, que ainda caracteriza o debate contemporâneo.
Também o tema principal deste ano – a sustentabilidade – indica a necessidade de um maior empenho em todos os níveis para enfrentar as questões sobre as quais a humanidade se confronta.
Nas últimas cinco décadas, analisa o Pontífice, muitas políticas promoveram benefícios à humanidade; outras, tiveram efeitos negativos e criaram lacunas importantes no desenvolvimento.
Única família humana
A consideração que jamais se deve perder de vista, recorda, é que “somos todos membros de uma única família humana”, portanto, temos o dever moral de cuidar uns dos outros. No centro da política pública, deve estar a pessoa, e não a busca pelo poder ou pelo lucro.
Este dever moral é imprescindível na busca de soluções équas aos desafios atuais, que devem ir além de visões utilitaristas a curto prazo.
Ver os outros para alcançar um fim, escreve o Papa, significa promover a injustiça; espezinhar a dignidade de outra pessoa equivale a diminuir o seu valor.
Renovar a ética
Francisco cita a sua Carta Encíclica Laudato si’, em que adverte para a importância de uma “ecologia integral”, que leve em consideração as implicações da complexidade e da interconexão da casa comum.
A ecologia integral exige uma dimensão ética renovada, que envolva também o setor econômico.
O Papa então faz os seus votos de que os participantes deste e dos Fóruns futuros mantenham alta a responsabilidade moral que cada um de nós tem em buscar o desenvolvimento integral de todos os irmãos e irmãs, inclusive os das futuras gerações.
“Que as deliberações levem a um crescimento da solidariedade, especialmente para com os mais necessitados, que vivem a injustiça social e econômica e cuja própria existência está até mesmo ameaçada”, conclui Francisco, invocando a benção do “Deus da sabedoria”.
O Fórum Econômico Mundial reúne cerca de três mil participantes de 120 países, entre os quais 53 chefes de estado e de governo.
Até o dia 24, 350 palestras e workshops debaterão sobretudo o desafio da sustentabilidade e da coesão social.
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