Votação acontecerá nesta quinta-feira (31) e garantirá a transparência do processo e estabelecerá os próximos passos da investigação
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos votará a formalização do processo de impeachment contra o presidente do país, Donald Trump, nesta quinta-feira (31). O presidente do Comitê de Regras e Procedimentos da Câmara dos Representantes, o democrata Jim McGovern, disse que a votação garantirá a transparência do processo e estabelecerá os próximos passos da investigação.
A Casa Branca respondeu em comunicado que a decisão dos democratas é uma “confissão” de que os procedimentos realizados até o momento são “ilegítimos”.
A porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, disse que a presidente da Câmara de Representantes, a democrata Nancy Pelosi, está “finalmente admitindo o que o resto dos Estados Unidos já sabem”.
“(Já sabem) que os democratas estão conduzindo um processo não autorizado de destituição, sem dar ao presidente um devido processo legal, que as declarações secretas, a portas fechadas, são completa e irreversivelmente ilegítimas”, afirmou.
Em carta aos congressistas, Pelosi afirmou que a votação garantirá a Trump o direito de se defender devidamente. Segundo ela, o processo também estabelecerá as regras para a realização de audiências públicas e para a divulgação de transcrições dos depoimentos.
“Estamos dando esse passo para eliminar qualquer dúvida se o governo pode reter documentos, evitar declarações de testemunhas, ignorar convocações devidamente autorizadas ou continuar obstruindo a Câmara de Representantes”, explicou Pelosi.
DENÚNCIA CONTRA TRUMP
O processo de impeachment contra Trump começou a um mês por ordem de Pelosi, que determinou que o presidente fosse investigado por “trair a segurança nacional e a Constituição”.
A decisão foi tomada depois de uma denúncia feita por um funcionário que trabalhava na Casa Branca sobre as relações entre Trump e o novo presidente da Ucrânia, Vladimir Zelenski.
O denunciante afirmou que Trump pressionou Zelenski em uma ligação no fim de julho a investigar o ex-vice-presidente e pré-candidato democrata à presidência dos EUA, Joe Biden, e seu filho Hunter Biden por corrupção na Ucrânia.
Desde então, vários funcionários do governo convocados a depor pela Câmara de Representantes deram detalhes sobre a existência de uma espécie de diplomacia paralela à oficial com a Ucrânia, que teria a participação de Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, e outros aliados próximos a Trump.
Para pressionar Zelenski, Trump é acusado de ter congelado o repasse de ajuda militar a Ucrânia, condicionando o envio do dinheiro à abertura de uma investigação contra Biden e o filho.
Divulgação da Noticia – Site Brazilaintimes.com – Fonte: Redação Brazilian Times – Foto Reprodução Imagem Internet – Mensagem Trump terá o direito de se defender do processo.